Arqueiro Manchu no final do século XIX |
Postura inicial "clássica" de Tantui |
Introdução:
Retomo a série sobre Tantui após um hiato de publicações a respeito. De uns tempos para cá decidi me dedicar ao estudo atento do Tantui. Para isso, busquei o professor Niltoamar Pereira Gomes, aqui em Uberlândia, uma das referências mais respeitadas do Kung Fu em nossa região. Venho tendo aulas com ele há alguns meses. Primeiro, fiz com ele uma "reciclagem" completa do Shi Er Lu Tantui, do Zhong Wudao, do Mestre Lin Zhong Yuan, conforme ele aprendeu com o Mestre Huang Yu Sheng. Depois, ele me ensinou a forma Tantui Duilian, que eu ainda não havia estudado. Nos dois casos, ele aprofundou bastante no entendimento das aplicações dos movimentos e me orientou sobre rotinas de exercícios físicos específicos, voltados para aspectos relevantes de cada linha. A metodologia de ensino do professor Niltoamar é bastante individual e direta. O foco é totalmente direcionado à compreensão dos princípios e dos fundamentos que permitem a execução viva da técnica.
Wang Zi Ping - Etnia Hui - Mestre de Tantui Moderno |
Wang Zi Ping - Mestre de Tantui Moderno - Etnia Hui |
Terminada a "reciclagem" sobre as formas de 12 linhas do Zhong Wudao do Mestre Sheng, ele começou a trabalhar comigo um sistema "completo" de Tantui. Eu mesmo afirmei, no primeiro texto desta série, que não existe mais um sistema completo de Tantui, mas não há contradição aqui. De fato, o sistema que ele me passa não é a mesma arte "miticamente" originada em Linqing, na província de Shandong durante a Dinastia Song. Nem mesmo aquela arte supostamente criada no final da Dinastia Ming, em Xingjiang, conforme outra versão histórico-mitológica da sua origem. Não há, entre o sistema que eu estou aprendendo e a arte "original", uma ligação direta plausível, nos moldes de linhagens e genealogias tradicionais. Sua concepção é bastante "moderna" e, até mesmo, "esportivizada", ainda que traços de sua ancestralidade estilística e das suas origens étnicas no Jiaomen sejam ainda muito evidentes.
O Tantui do professor Niltoamar:
O sistema que o professor Niltoamar está me apresentando é de criação atribuída a um mestre de etnia Hui, atuante na primeira metade do século XX, Ma Enchen 吗恩趁 (1895-1961), de Xi'an, na província chinesa de Shaanxi. O nome deste mestre, associado ao Tantui, tornou-se conhecido internacionalmente nos anos 80 e 90, graças a uma publicação do Mestre Ma Zhenbang (artista marcial, treinador de equipe de Wushu, autor de livros, ator e diretor de cinema famoso nos anos oitenta): Shi Lu Tantui, traduzido para o inglês como Ten Routine Spring Leg, lançado em 1985. Este livro também recebeu tradução para o espanhol: Diez ejercicios de proyección de piernas (Madri: Miraguano Ediciones, 1989). A versão espanhola foi traduzida para o português e editada no Brasil: 10 exercícios de projeção de pernas (São Paulo: Sampa, 1995). Trata-se de uma obra que, apesar de muto simples, tornou-se mundialmente difundida. Também foi lançada, por exemplo, na França, com o título de Jeu de la jambe elastique en dix enchainements, lançado em 1991.
Este livro, como o próprio título diz, é sobre uma série de Shi Lu Tantui (十路弹腿), ou seja uma rotina, um taolu, não sobre um sistema completo. Ma Zhenbang, cuja especialidade era o Xing Yi Quan, afirma ter aprendido a rotina com o Mestre Ma Enchen por volta de 1940. Ma Enchen era reconhecido como mestre de Chaquan e Jiaomen Changquan. Certamente, a sua compreensão do Tantui advinha da relação histórica entre estas escolas. No manual de Ma Zhenbang, inclusive, a versão narrada sobre a origem do Shi Lu Tantui é aquela da sistematização de Cha Shangyi 查尚义, o Chamir, à quem se atribui a difusão do Chaquan de Xingjiang para Shandong. Além disso, tanto Ma Enchen quanto Wang Ziping, terceiro professor de Tantui de Ma Zhenbang, teriam sido discípulos da linhagem de um mesmo mestre, Yang Hongxiu 杨鸿修, fundador do Yangshi Chaquan (杨式查拳).
Ma Zhenbang. 10 exercícios de projeção de pernas. Capa da edição brasileira de 1995. |
Segundo o professor Niltoamar, ele aprendeu o sistema de Tantui do Mestre Ma Enchen em São Paulo nos anos 90, com um professor chamado Ton Shan (não sei se é assim a grafia e certamente não se trata do famoso Mestre Thomas Chan, da Confederação Brasileira de Wushu, de quem o professor Niltoamar também foi aluno, mas de Wushu Moderno). Não me parece coincidência que alguém possa ter ensinado um sistema como este, em São Paulo, mais ou menos na mesma época do lançamento de 10 exercícios de projeção de pernas. Naquela época, este tipo de publicação era amplamente comercializado e gerava interesse tanto na comunidade praticante de artes marciais quanto em curiosos e mesmo em "auto-didatas". Esta era uma ótima oportunidade de diversificação de "produtos" oferecidos em academias de artes marciais. A própria academia em que o professor Niltoamar me disse ter aprendido este Tantui, segundo ele, era especializada em Hung Gar, não em Tantui ou mesmo Chaquan. Isso não quer dizer, necessariamente, que estes "novos" produtos eram falsos ou de qualidade duvidosa. Quer dizer apenas que eram, na época, novidades e que, quem tivesse conhecimento sobre o assunto (ou ao menos fosse convincente neste sentido), encontraria mercado para ensinar.
Genealogia de Ma Enchen conforme o material de Tantui fornecido pelo Prof. Niltoamar |
Apesar de ter estudado vários estilos de artes marciais chinesas, o professor Niltoamar não os mistura. Ele treina-os e ensina-os em separado. Quando o buscamos para fazer aula, ele nos apresenta diversas possibilidades. Para organizá-las, utiliza, como recurso, pastas catálogo, contendo folhas/programas relativas às escolas que ele conhece. O programa de Tantui encontra-se descrito em cinco folhas, contendo tabelas referentes aos seus oito estágios. As folhas foram fornecidas pela própria academia em que aprendeu e a sua redação demonstra um português bastante precário, de alguém que ainda não possuía muita desenvoltura em nossa língua. Elas compõem um documento, por si só, interessante da época. No cabeçalho das folhas, aparece o nome do programa de graduação de Tantui: 批个奧谈腿.
O programa de Tantui de Ma Enchen:
Este nome, 批个奧谈腿 (pi ge ao tan tui), por si só, já é bastante indicativo do que se trata. Uma tradução pode ser: "conjunto de Tantui olímpico". O termo "olímpico" está aqui abreviado pela palavra 奧 (ao - 奧林匹克, ao lin pi ke). Não é necessário dizer o quanto este sistema relaciona-se, portanto, ao projeto do Wushu Moderno, da República Popular da China, sob um viés claramente esportivo. O próprio Mestre Ma Enchen, conforme Ma Zhenbang, foi do time da província de Shaanxi na Competição Nacional de Wushu, em Beijing, no ano de 1956, quando obteve a primeira colocação.
Os anos de 1953 a 1958 formam um período importante e decisivo para a história do Wushu Moderno, pois marcou a fundação da 中华全国武术总会 (Zhonghua Guanguo Wushu Zonghui), a Associação de Wushu de Toda a China. Este período foi de grande euforia para a recém criada República Popular da China, nos anos que sucederam à Revolução de 1949 e os sucessos militares subsequentes, como aqueles relacionados à conquista do Tibete e à derrota dos Nacionalistas remanescentes nas províncias de Yunnan e Xinjiang, todos ao oeste do país, em regiões estratégicas de fronteira. O Wushu, como "esporte nacional", receberia, nesta época (até a fase da Revolução Cultural), um tratamento específico do Estado chinês a fim de se tornar vitrine para uma "nova e grandiosa" China. Este era o papel da Associação de Wushu de Toda a China.
Ma Enchen foi um dos personagens do que podemos chamar de primeira fase do Wushu Moderno, entre 1949 e 1966, antes da Revolução Cultural. Nesta etapa, houve bastante colaboração de mestres de artes marciais tradicionais para as suas adaptações ao modelo atlético e competitivo, inspirado em expressões esportivas da União Soviética e da Alemanha Oriental (LU, 2008: 39). Neste momento, foi idealizado um estilo "híbrido" ou "genérico" chamado de "Punho Longo", Changquan (长拳), que incorporava rotinas tradicionais de artes advindas de províncias do norte da China, como Shaanxi, Shandong, Henan e outras, tais como eram o caso do Huaquan e também do próprio Chaquan (MONTEIRO, 2014: 58). O Tantui, neste contexto, foi incorporado ao Wushu Moderno como rotinas básicas de treino fundamentais para o desenvolvimento de habilidades e consciência para o "Punho Longo".
Nesta primeira fase do Wushu, as formas e rotinas ainda eram bem diferentes do que se tornariam a partir do final da década de 1970, na reabertura política e econômica posterior à Revolução Cultural, sobretudo, em relação ao movimento de internacionalização do final dos anos 1990 e início dos anos 2000, quando foram intensificados os esforços para a elevação do Wushu à categoria de esporte olímpico, por meio da 国际武术联合会, Guoji Wushu Lianhehui, Federação Internacional de Wushu. Naquele momento inicial, as formas modernas estavam bem mais articuladas às suas origens em artes "tradicionais" do que atualmente. Os seus movimentos dominantes ainda mantinham características eminentemente marciais, ainda que estilizadas e estetizadas para o espetáculo competitivo. Ainda não havia se estabelecido, tão claramente, uma dicotomia entre as rotinas formais (o taolu) e a luta (sanshou ou sanda).
Ma Zhenbang, executando uma forma de Xingyiquan
"Com as instruções dos famosos mestres mencionados [Ma Enchen, Wang Qingshan e Wang Ziping] e com mais de vinte anos de ininterrupta prática em meu trabalho como treinador na equipe de wushu da província de Shaanxi, fui compreendendo pouco a pouco que os 'Dez exercícios de projeção de pernas' eram excelentes para a flexibilidade do torso, as pernas e mãos e para a coordenação dos passos, todo o qual requer sólida técnica, concentração de força e movimentos rítmicos das diferentes partes do corpo" (MA, 1995: 05).
* Wang Zi Ping também conhecia Tongbeiquan,
uma outra escola de Jiaomen que incorporou
formas de Tantui em seu treinamento. Um outro Ma,
o famoso Mestre Ma Yongzhen, foi responsável
pela fusão de Tantui ao Tongbeiquan, dando origem
ao Ma Tongbeiquan Tantui, que, embora aparentado, não
se confunde com o Tantui de Ma Enchen ou de Ma Zhenbang.
Sobre este assunto, recomendo a parte final do ótimo
documentário abaixo:
A "flexibilidade de torso, pernas e mãos" é uma expressão de 弹. Fosse ou não o ideograma original presente no nome do antigo Tantui, ele agora assumia um significado estilístico renovado. Interpretado conforme as necessidades de desenvolvimento de fundamentos técnicos do antigo Chaquan ou do moderno Changquan, o 弹 deste novo Tantui torna-se um conceito fundamental a partir do qual as rotinas de 10 ou de 12 lu (路) de Tantui poderiam fazer sentido. Um conceito que também pode ser aplicado, por exemplo, ao exercício com armas tradicionais treinadas em conjunto com o Tantui, com o Chaquan ou com o Qishiquan: gun (棍) - bastão; dao (刀) - sabre; qiang (枪) - lança; jian (剑) - espada.
O ideograma 弹 (tán ou dàn), cujo caractere tradicional é 彈, forma-se pelo método picto-fonético, sendo o seu componente pictográfico 弓 (gōng), "arco", e o fonético, 單 (dān), que significa "unidade" ou "sozinho". O sentido é sugerido por 弓e pode significar, modernamente, "bala" (munição), "tiro"ou ainda algo "elástico". 力 (lì), por sua vez, é um pictograma que sugere a imagem de um instrumento de arar, podendo, assim, significar "força", "capacidade", "potência". 弹力, a "força elástica" é o princípio mais geral das técnicas do Tantui.
Como no tiro de um arco, a propulsão é gerada por uma contração em sentido oposto ao alvo, gerando um equilíbrio entre tensão e estabilidade para que, de súbito, ocorra um relaxamento e, consequentemente o disparo. As "pernas elásticas" não carregam este nome apenas em virtude dos chutes, mas por conta do papel das pernas na geração da força elástica do corpo como um todo.
Este entendimento das "pernas elásticas", ainda que a nomenclatura traga o 谈, de "família Tan", está presente no sistema de Ma Enchen. É importante frisar que a grafia 弹腿 não começou a ser adotada pelo Wushu Moderno; por exemplo, o manual de 1922, de Wu Zhiqing, a respeito da rotina de 10 estradas já utilizava esta nomenclatura. O manual de 1934, de Ma Yongzhen, também escreve 十路弹腿 (ver: https://www.plumpub.com/images/Biblio/t1004.jpg). O reconhecimento deste princípio da força elástica no Tantui antecede a sua incorporação no Wushu moderno, portanto.
Diferentemente, em 1917, no manual ilustrado da rotina de 12 estradas, da Livraria Chinesa de Xangai, a palavra utilizada, seguindo o que aparece também em materiais da Associação Jingwu, é 潭, em referência ao "Templo do Lago do Dragão", em Linqing, berço lendário do estilo, como já vimos na "Parte 1" desta série. A mesma grafia aparece em um manual de Liu He Tantui (六合潭腿), de 1933 (ver: https://www.plumpub.com/images/Biblio/t1005.jpg). Isso demonstra maior ênfase na história (lendária) do nascimento do estilo/forma do que nas suas características técnicas (sem, contudo, necessariamente negá-las).
Apesar de supostamente advir da versão da Jingwu, no Zhong Wudao do Mestre Sheng, a palavra "tan" das rotinas de 12 linhas de Tantui é grafada como 彈 e não 潭, o que talvez sugira uma outra proveniência ou, pelo menos, uma ênfase no seu entendimento técnico sobre o entendimento "histórico-literário". Nomenclaturas à parte, o entendimento da "força elástica" está, de algum modo, presente em todas as variações "modernas" das formas de Tantui, sejam elas do início do século XX, anteriores ao projeto do Wushu, sejam posteriores, já da segunda metade do século XX, quando passam a representar uma síntese técnica dos fundamentos de Chanquan moderno.
A versão da Associação Jingwu às vezes apresenta, como no material acima, a grafia 潭腿. |
A força elástica parece ser uma chave relevante para entender a atração que o Tantui exerceu sobre tantas escolas e estilos diferentes de artes marciais chinesas, sobretudo, aquelas relacionadas ao conceito mais geral do "punho longo". Embora diversos estilos e artes marciais possam divergir sobre os métodos de geração e de aproveitamento da força elástica, ela está presente de modo muito central em vários deles, sejam considerados de escola "interna" ou "externa". Daí, talvez haja mais do que elogio hiperbólico no famoso ditado chinês de que, se o seu Tantui for bom, o seu Kung Fu também será. Talvez também haja nisso o reconhecimento, na essência do Tantui, de fundamentos comuns a várias artes marciais e seus respectivos estilos. Por isso, ele funciona tão bem como rotina básica e introdutória em tantas escolas, infelizmente sendo, por isso mesmo, muitas vezes, subvalorizado.
Apenas começo a apreciar o sabor da força elástica trabalhada no sistema de Ma Enchen. Mais do que apresentar formas "vazias" ou a serem decoradas, o sistema explora o seu entendimento por meio de exercícios específicos, práticas de Qigong, experiência com aplicações, técnicas com armas tradicionais etc. Trata-se de um currículo de muita riqueza e detalhes, voltado ao desenvolvimento de fundamentos técnicos-esportivos, sem dúvida, mas também com muito valor em si mesmo, seja pensando nos aspectos de consciência somática, seja pensando em aplicações para combate "real". Praticado isoladamente ou em paralelo com outra arte marcial ou estilo, ele traz muitos benefícios e não se resume a formas simples para iniciação no Kung Fu.
Referências Bibliográficas:
LU, C. Modern wushu: When Chinese martial arts meet Western sports, In: Archives of Budo, 2008, 4: 37-39. Disponível em: https://wushuspain.com/wp-content/uploads/2018/06/Modern-wushu-min.pdf. Acesso em 11 de dezembro de 2018.
MA, Z. 10 exercícios de projeção de pernas, São Paulo: Sampa, 1995.
MONTEIRO, F. História das artes marciais chinesas. Tradição, memórias e modernidade, Uberlândia: Assis Editora, 2014.
Outros recursos:
Baidu - Item 弹腿. Disponível em: https://baike.baidu.com/item/弹腿 . Acesso em 12 de dezembro de 2018.
BRENNAN TRANSLATION. Ten-line Tantui. Illustrated Handbook for the Muslim Art of Tantui (1922). Disponível em: https://brennantranslation.wordpress.com/2017/07/31/ten-line-tantui/. Acesso em 04/02/2018.
BRENNAN TRANSLATION. Twelve-line Tantui (1917). Disponível em: https://brennantranslation.wordpress.com/2013/01/27/twelve-line-tantui/. Acesso em 01/02/2018.
Filmografia de Ma Zhengbang - In: Hong Kong Cinémagic. Disponível em: http://www.hkcinemagic.com/en/people.asp?id=14788. Acesso em 12 de dezembro de 2018.
Fontes sobre Tantui - In: Plum Plublications. Disponível em: https://www.plumpub.com/info/knotebook/boxtantuia.htm. Acesso em 12 de dezembro de 2018.
Iron Legs of Tan Tui - Chinese Documentary (CCTV4). Versão bilíngue, Chinês-Inglês. Disponível em: https://youtu.be/eHDIYxi87pM. Acesso em 12 de dezembro de 2018.
Lives of Chinese Martial Artists (22): Wang Ziping and the Strength of the Nation. In: Kung Fu Tea. Disponível em: https://chinesemartialstudies.com/2018/06/15/lives-of-chinese-martial-artists-22-wang-ziping-and-the-strength-of-the-nation/. Acesso em 12 de novembro de 2018.
Ma Enchen 吗恩趁 - Programa Graduação Tantui 批个奧谈腿. Cópia disponibilizada pelo professor Niltoamar Pereira Gomes em novembro de 2018. Digitalizada por Guilherme Amaral Luz. 5 p. Acervo próprio.
Tan Tui - Is it a separate school of its own? In: Kung Fu Magazine Forums. Disponível em: http://www.kungfumagazine.com/forum/showthread.php?27492-Tan-Tui-Is-it-a-separate-school-of-its-own&s=81f1499a409ed221d8c455508b5757b8. Acesso em 11 de novembro de 2018.
Wang Zi-Ping - In: Wikipedia (En). Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Wang_Zi-Ping. Acesso em 12 de dezembro de 2018.
Xingyiquan by Ma Zhenbang (形意拳马振邦大师). Disponível em: https://youtu.be/3PqVQyL9ct0. Acesso em 12 de dezembro de 2018.
Yellow Bridge - Dictionaries, Tools, and Resources for Learning Chinese. Disponível em: https://www.yellowbridge.com/. Acesso em 12 de dezembro de 2018.